Poema de Alice Ruiz.
Ilustração de Laura Callaghan.
‘Qualquer mulher, feia ou bonita, baixa ou alta, magra ou gorda, loira ou morena, careca ou cabeluda, casada ou solteira, não importa! Pode simplesmente acordar e resolver que o clima está perfeito para ser penetrada. Isso mesmo! Para mulher, basta querer, dar um minúsculo indício e logo uma multidão de homens, maior do que aquela que vimos nas manifestações, fará fila para tentar conhecê-la a fundo, por dentro. Entre uma mordida no pão com manteiga e um gole no pingado, a fêmea pode simplesmente dizer: “hoje, sem falta ou atraso, serei comida”. Se a foda será boa, ou não, é uma outra história, mas a foda acontecerá a menos que, por azar, ela morra atropelada por um ônibus desgovernado ou decida virar beata. Mesmo se o primeiro jogador brochar ou tiver câimbras fulminantes, bastará acionar algum reserva dos muitos que estarão já aquecidos, esperando ansiosamente por um lugar em campo e, mais rápido que delivery do Habib´s, algum macho comparecerá à casa dela de banho tomado e, com sorte, pelos aparados.
A mulher só não dá, quando não quer ou se o mundo resolver acabar antes da calcinha baixar. Já o homem, portador da peça convexa, precisa de muito mais do que o simples ato de querer para molhar o biscoito. Já vi homens movendo montanhas por uma simples perereca mortal e no fim, após flores pomposas, chocolates suíços, cartas de amor que davam voltas e portas abertas com maestria, terminar a noite entregue à milenar punheta ou pior: com bolas mais inchadas do que bolas de tênis e sentindo aquela dor no saco que surge quando o tesão não pôde ser liberado. Mesmo os bonitões, aqueles que causam dor no pescoço das moças, muitas vezes, falham na missão e acabam fedendo cigarro em algum puteiro sujo no qual a beleza não possui nenhum valor.
Não estou escrevendo este texto para reclamar da vida ou para fazer com que milhões de homens corram para a Avenida Paulista e lá levantem cartazes, reivindicando o direito de transar, já! Nada disso. Na época do meu pai já era assim e, mesmo com toda gomalina no cabelo, sei que ele também já não concluiu algumas várias missões. No futuro, também continuará desta maneira e os homens continuarão tendo que lutar como guerreiros, contra outros muitos guerreiros malandros, para, quem sabe, talvez, porventura, agasalhar o companheiro “Bráulio” e acalmar os impulsos profanos.
A verdade é que, no fim das contas, ou melhor, no começo do fim das roupas, antes de dar outras coisas, quem dá a última palavra e primeira permissão: é a mulher. Esqueçam o machismo, o feminismo e todos os outros grupos que lutam pelos direitos dos gêneros, a questão, nesse caso, é outra, é biológica, pois na penetração é o homem que entra e, para entrar na garagem dela, caro portador de um caminhãozinho desgovernado, definitivamente, só ela tem o direito de autorizar sua passagem. Ela pode simplesmente acordar e dizer: “hoje meu sinal está verde e quero que alguém o avance”. Já você, ilustre homem, precisa dar a sorte de encontrar alguma mulher com o sinal verde piscante ou, na maior parte dos casos, tem que dar um jeito de fazer com que ela abra o sinal para você. Qual o melhor jeito para transformar o vermelho no verde? Se eu soubesse uma regra mágica, com certeza, estaria tomando alguns drinks exóticos em alguma praia paradisíaca de Cuba. Apenas uma dica: esqueça a força e os atos impositivos, pois se assim fizer, ganhará um chute no saco ou um cartão vermelho.
Irmão, o jeito é persistir e tentar ser melhor do que os tantos outros que, agora mesmo, estão fazendo de tudo para comer a mesma mulher que você. Não desista, pois transar, em muitas noites frias, pode ser até mais fácil do que dar um duplo mortal carpado. E, se tudo der errado: www.pornotube.com.
– Ricardo Coiro: vive entre o soco e o sopro. Morre de medo do morno e odeia caminhar em cima do muro. Acha que sensibilidade é coisa de macho e que estupidez é atitude de frouxo. Nunca recusou um temaki ou um café. Peca todo dia. Autor do livro Confissões de um Cafamântico.’
(http://www.entendaoshomens.com.br/quando-elas-querem-rola-so-quando-elas-querem/)
Mulheres são adoráveis criaturas. Frágeis princesinhas, bonecas delicadas, sonhadoras românticas cujas maiores fantasias sexuais envolvem fazer amor na praia, sob a luz do luar.
Não.
Nós todas, sem exceção, também nascemos e crescemos com os maus gostos e maus cheiros do corpo humano. Viemos também, já como item de fábrica, com os maus hábitos de higiene duvidosa. Umas mais, outras menos. Mas todas temos. Sim, a gente dorme com a mão dentro da calcinha quando tá frio e o nosso buraco não foi feito somente pra fazer sexo anal. Já dá pra tirar ideias disso tudo.
Quanto mais eu escrevo sobre sexo na internet, mais me surpreendo com os comentários femininos em cada post. São mulheres me perguntando como aprender a ejacular, falando que adoram receber porra na cara e fazem questão de se lambuzar e lamber tudinho. Algumas muitas com curiosidades sobre bissexualidade ou dupla penetração.
Engraçado ver como, em 2012, ainda temos como revelador um livro como o My Secret Garden, da escritora americana Nancy Friday, que escreveu, ainda na década de 70, esse clássico pioneiro da sexualidade feminina, livro que retrata justamente os anseios das mulheres sobre o sexo, e não só o estereótipo de feminilidade delicada e submissa, mesmo na cama.
Há muita mal-comida por aí e também mulheres que têm problemas em aceitar a própria sexualidade, ou que levam tabus da sociedade pra cama. Se você começar a se enroscar com uma mulher de sexualidade mal-resolvida, vai ter complicações por um bom tempo. Isso se o sexo não for uma prioridade pra você.
Uma das coisas que mais vejo as mulheres comentando é o desejo de fazer sexo com outra mulher. A maioria delas camufla o desejo com a palavra “curiosidade”.
Tudo bem, eu posso fingir que não sei que você se excita vendo um pornô lésbico, que você não tem vontade de acariciar um belo par de seios, lambê-los e sentir na língua a textura, o macio da pele. Explorar o interior das coxas macias de outra mulher, fazê-la gemer no teu ouvido, sentir uma língua delicada e esperta no meio das pernas.
As modalidades variam: algumas têm vontade de fazer com o parceiro só olhando. Outras desejam o pai-de-todas-as-fantasias threesome, mas temem pelo ciúme.
Só uma coisa é certa: o número das bi-curiosas vem crescendo bastante de uns anos pra cá (eu ouvi um “hallellujah, irmãos”?). Uma variante menos comum é o desejo de fazer sexo com dois homens mas, geralmente, quando vejo uma mulher falando de um terceiro elemento numa transa, ela se refere a uma mulher.
Outro desejo feminino recorrente é o de ejacular/squirting. Não tem como não gostar: o bagulho é bom pra caralho, o orgasmo pelo ponto G é de deixar as pernas bambas, sacudir o corpo todo, revirar os olhos e sair de órbita por uns bons 15 segundos. Todo homem devia ter a obrigação moral e cívica de aprender.
Até porque não há um que resista ao tesão de ver sua mulher, depois de uma gozada dessas, voltando pro Planeta Terra ofegante, completamente molhada e rindo que nem uma boba e sem força alguma. Nem todas chegam a verter líquidos, isso aí já exige bastante técnica e prática. Mas que elas querem muito, ah… isso querem.
Ainda bem que, ganhando orgasmos fortes assim, não há uma mulher sequer que queira parar de treinar e treinar e treinar mais… até conseguir. Se não conseguir, pode ficar tranquilo que vai ter ainda mais treinos.
Eu andava com uma menina que só trepava com japas. Em Goiás, são poucos os descendentes nipônicos e os poucos que moram aqui são, em sua maioria, muito feios ou muito velhos. Eu não entendia como a minha amiga, toda loira e deliciosa, ficava se enroscando com o Jaspion ou o sr. Miyagui. Certo dia, no meio de uma conversa sobre, claro, sexo, ela me revelou o que eu não havia percebido até então: “e você, que só sai com narigudos?”.
Já fiquei com tanto narigudo feio e desinteressante que eu não podia julgá-la por fazer o mesmo com os japoneses. Existem mulheres com atrações por um traço físico específico dos mais variados.
Eu já tive tara só por cabeludos. Tenho uma amiga, loira e classuda, que jura não haver uma foda melhor que com negão. Onde trabalho, há uma menina morre de tesão quando vê um homem de óculos.Uma vez, meu psicólogo disse que a tara que tenho por narizes grandes é por pura associação inconsciente ao falo masculino, já que o nariz e o pinto são as duas principais protuberâncias frontais de um homem, juntamente com o pomo-de-Adão, que eu também adoro quando saltado. Freud dá um sorrisinho e se aconchega no caixão.
Há todo um padrão no inconsciente coletivo de pequenos grupos de mulheres que podem, de quando em quando, variar de acordo com suas experiências, sexuais ou de vida mesmo. Afinal, tudo o que vivemos durante nosso cotidiano invariavelmente influencia o nosso apetite sexual. Isso dá até pano pra manga do próximo fetiche.
Às vezes, a tara não é exatamente por um traço físico, mas sim pelo papel social desempenhado pelo homem. Quantas nós, quando estávamos no faculdade, nunca sonhamos em pegar o professor? Eu tenho um ex-namorado professor de ensino médio e o que não falta é cocotinha no pé dele. Mesmo ele não sendo exatamente um Brad Pitt, a posição de autoridade perante elas já basta pra causar o frisson. Transar com o chefe, com o diretor, muitas vezes não é exatamente por tesão na pessoa, mas sim no terno que ele veste, no escritório em que ele trabalha, na poltrona onde ele senta e no café e até no jeito como ele cobra relatório pras dez da manhã.
O oposto também existe, de mulheres que querem transar com quem lhes presta serviço. Quem nunca viu a famosa cena de filme pornô em que a dondoca seduz o motorista, ou o entregador de pizza? Entra aqui o oposto: o tesão em dominar um subalterno, em desviar a atenção de um inferior do que ele tem que fazer, só pra satisfazer os desejos da patroa ou cliente.
Fiquei muito abismada e curiosa quando uma amiga minha me contou que comprou uma mesa de jantar e , na maior cara de pau, ela me disse:
“Poxa, ele era todo fortinho. Simples de tudo, até meio jeca. Eu tava na seca e trepei com ele em cima da mesa recém-montada mesmo, que acabou quebrando. Sorte que ele tava lá pra montar de novo”.
Se lançassem a promoção “alô, dona de casa! Compre uma mesa e ganhe uma foda de bônus!”, aposto que ia vender muito bem.
A rapidinha em lugares públicos é um clássico ainda insuperável. Toda mulher tem um tesão especial em ser fodida com urgência, com a calcinha só de lado. É um momento de muita adrenalina e pouco raciocínio lógico. Paradoxalmente, trata-se de um dos momentos mais criativos do ser humano. As posicões geralmente são das mais “arranjadas” pro momento de pura transpiração, tanto física quanto mental.
Admito que sou fã da modalidade. O tesão fica lá em cima rapidinho, não tem muito o que pensar – só agir – com toda aquela pressa frenética, deliciosa. É simplesmente fantástico!
Entretanto, o crème de la crème deixei agora pro final (deixem qualquer trocadilho de lado). Antes de escrever esse post, perguntei para muitas delicinhas o que elas mais desejavam na cama.
Não foi surpresa nenhuma a enxurrada de “estupro consentido!” que recebi como resposta. Pois é, meus amigos…
O fetiche que encabeça essa lista é justamente o mais “errado” moralmente. Estupro é crime. Fato. Você nunca deve comer uma menina que apagou de tão bêbada (aliás, isso nem graça tem). Você não deve desrespeitar uma mulher que não queira transar com você, por qualquer motivo que seja.
Tudo posto em seu lugar, uma das melhores coisas do mundo é ser comida com força. Com urros bestiais que ecoam pelo quarto, gemidos que viram gritos de prazer, puxões no cabelo, uma foda animalesca que faz todos os seus instintos mais viscerais se espalharem do útero para o resto do corpo.
Entretanto, alguns cuidados devem ser tomados. Por exemplo: não é toda mulher que tem essa fantasia. Na verdade, muito mais que 50% não sente um mínimo de tesão com isso. Se ela não for uma danadinha genuína, pode se sentir desconfortável e isso é o que menos queremos.
Pra sacar qual mulher toparia essa modalidade é fácil: basta observar se ela curte um lance mais agressivo. Se ela não reclama de tapas, se a submissão sexual é instintiva e bem vinda. Outro cuidado importante é estabelecer uma safeword. Isso nada mais é do que uma palavra fora do contexto sexual pra você saber se ela realmente tá afim do que você está fazendo. Num estupro consentido, é normal a menina gritar “não, não, por favor, não me come!”, mas isso é só parte do teatro. Na verdade o que ela mais quer é ser comida com brutalidade.
Antes do ato, deve se estabelecer uma palavra neutra, tipo “tango” ou “mostarda” ou qualquer coisa assim. Quando o “não” dela for pra valer, basta ela dizer a safeword e, com isso, o rapaz é obrigado a parar imediatamente o que estiver fazendo. Aprendi isso num clube de sadomasoquismoe me é muito útil até hoje. Pra quem interessou, mesmo que minimamente, há uma sessão de vídeos no site do Brazzers. Recomendo uma olhada sem nenhum tipo de conceitos formados. Olhe somente pela experiência.
Nota dos editores: sabemos que falar dessa realidade pode causar problemas, então pedimos sua ajuda se você souber como falar disso de outro modo.
Sim, nós somos princesinhas e devemos ser tratadas como tal. A gente adora um chamego, uma mensagem dengosa, flores, mimos, tatibitate ao telefone.
Com a mesma intensidade, a gente adora uma putaria, foder pelo puro prazer de sentir prazer, de ter o tesão elevado a enésima potência. Somos delicadas, mas a gente aguenta um baita tranco. vai por mim.
“Ah… mas é uma mulher exata,ente assim que eu quero!”. Fácil, amigão. Basta dar carinho e, na mesma medida, liberdade e confiança pra mulher que você já tem. Só isso já va te garantir as fodas mais incríveis, todas pedidas – acredite – por elas.
Será que podia ser melhor?
– Fonte http://papodehomem.com.br/fetiches-sordidos-que-as-mulheres-nao-tem-coragem-de-pedir/ –
Era uma vez um aventureiro húngaro, dono de uma beleza estonteante, sedução infalível,
graça, talento de um ator experiente, cultura, conhecimento de muitas línguas, maneiras
aristocráticas.
Por trás disso tudo havia uma grande capacidade para a intriga, para livrar-se de dificuldades e
para entrar e sair com facilidade de qualquer país.
Ele viajava em grande estilo, com quinze arcas cheias das mais finas roupas e dois grandes
cães dinamarqueses. Seu ar autoritário lhe granjeara o apelido de Barão. O Barão era visto nos
mais luxuosos hotéis, em estâncias hidrominerais, corridas de cavalo, viagens ao redor do
mundo, excursões ao Egito, viagens pelo deserto, safáris na África.
Aonde quer que ele fosse, era o centro de atração das mulheres. Como o mais
versátil dos atores, passava de um papel para outro a fim de satisfazer o gosto de todas. Era o
dançarino mais elegante, o mais animado dos convivas em um jantar, o mais decadentista dos
anfitriões em tête-à-tétes; era capaz de velejar, montar,dirigir. Conhecia cada cidade como se
tivesse morado nela toda a sua vida. Conhecia toda a sociedade. Era indispensável.
Quando precisava de dinheiro, casava-se com uma mulher rica, saqueava-a e partia
para outro país. Nunca as mulheres se rebelavam contra ele ou se queixavam à polícia. As
poucas semanas ou meses em que o tiveram como marido deixavam uma sensação mais forte
do que o choque de perder o dinheiro. Por um instante tinham compreendido o que era viver
com fortes asas, voando acima da cabeça dos medíocres.
Ele as levava tão alto, fazia-as girar tão depressa em sua série de encantamentos, que em sua
partida era como se houvesse algo semelhante a um vôo. Parecia quase natural; nenhuma
delas poderia seguir o Barão em seu vôo de águia.
O aventureiro livre e incapturável, pulando assim de um ramo dourado para outro,
quase caiu em uma armadilha de amor, quando uma noite conheceu uma bailarina brasileira
chamada Anita em um teatro peruano. Os olhos amendoados de Anita não se fechavam como
os das outras mulheres, e sim como os dos tigres, dos pumas e dos leopardos; as duas
pálpebras se encontravam lenta e preguiçosamente; aqueles olhos pareciam implantados um
tanto próximos do nariz, o que os fazia estreitos, com um jeito lascivo e oblíquo, como o olhar
de uma mulher que não deseja ver o que está sendo feito de seu corpo. Tudo isso lhe dava o
ar de uma criatura com quem estivessem fazendo amor, o que excitou o Barão ao conhecê-la.
Quando ele foi vê-la no camarim, Anita estava se preparando entre uma profusão
de flores; e para a delícia dos admiradores que se achavam sentados à sua volta, pintava seu
sexo com um batom, sem permitir que fizessem qualquer gesto em sua direção.
Com a entrada do Barão, ela limitou-se a erguer a cabeça e a sorrir para ele.
Tinha um pé sobre uma mesinha, e seu requintado vestido brasileiro estava erguido; com as
mãos cheias de anéis ela voltou à pintura, rindo da excitação dos homens que a cercavam.
Seu sexo era como uma gigantesca flor de estufa, maior do que qualquer um que o
Barão já tinha visto, envolto por pêlos abundantes e crespos, lustrosos e negros. Eram os
lábios que ela pintava como se fossem uma boca, com todo o cuidado até que ficaram
semelhantes a camélias vermelho-sangue, abertos à força, mostrando o botão inferior fechado,
o coração mais pálido, de fina pele de flor.
O Barão não conseguia persuadi-la a ir cear com ele. A aparição de Anita no palco era apenas
o prelúdio de seu trabalho no teatro. Seguia-se depois o espetáculo pelo qual era famosa em
toda a América do Sul, com os camarotes às escuras e de cortinas semicerradas cheios de
homens da sociedade vindos de todas as partes do mundo. Não se levavam mulheres a esse
espetáculo burlesco de alta classe. Anita se vestira de novo; pusera um vestido de saia rodada
que usava em cena para suas canções brasileiras, mas sem o xale. A parte superior não tinha
alças, e seus seios ricos e abundantes, comprimidos pela roupa de cintura apertada,
precipitavam-se para cima, oferecendo-se quase que por inteiro ao olhar de
todos. Enquanto o resto do espetáculo prosseguia, ela circulou pelos camarotes nesse
traje. Diante de um deles, a pedido, ajoelhou-se à frente de um homem, desabotoou suas
calças, tomou-lhe o pênis entre suas mãos cheias de anéis, e com uma destreza,
uma perícia, uma sutileza que poucas mulheres jamais haviam conseguido desenvolver,
chupou-o até que o homem ficasse satisfeito. Suas mãos eram tão ativas quanto sua boca.
A excitação era tanta que quase fazia os homens perderem os sentidos. A habilidade de suas
mãos; a variedade de ritmos; a mudança de um aperto firme no pênis inteiro para o mais leve
toque em sua extremidade, de uma vigorosa massagem em todas as partes com um quase
imperceptível puxão nos pêlos, à volta — tudo isso feito por uma mulher
excepcionalmente bela e voluptuosa, enquanto a atenção do público estava voltada
para o palco. Ver o pênis entrar em sua boca magnífica por entre os dentes cintilantes,
enquanto seus seios arfavam, dava aos homens um prazer pelo qual pagavam
generosamente.
A presença de Anita no palco os preparava para sua aparição nos camarotes. Ela
os provocava com a boca, com os olhos, com os seios. E chegarem ao clímax juntamente com
a música, as luzes e as canções, em um camarote escuro, com as cortinas semicerradas e
situado em um plano superior ao da platéia, era uma forma de diversão excepcionalmente
excitante.
O Barão quase se apaixonou por Anita e ficou em sua companhia por mais tempo do
que com qualquer outra mulher.
Ela apaixonou-se por ele e lhe deu duas filhas.
Mas poucos anos depois ele partiu mais uma vez. O hábito era demasiado forte; o
hábito de liberdade e mudança.
Ele foi para Roma e alugou no Grand Hotel uma suíte que, por acaso, situava-se
ao lado do apartamento do embaixador espanhol, que lá morava com a mulher e duas filhas. O
Barão encantou a todos. A mulher do embaixador o admirava.
Ficaram muito amigos, e ele era tão agradável às crianças, que não sabiam como se distrair
naquele hotel, que logo ambas adquiriram o hábito de ir visitá-lo de manhã bem cedo a fim de
acordá-lo com risos e brincadeiras, o que não era permitido fazer com os pais, bem mais
solenes.
Uma das garotas tinha cerca de dez anos; a outra, doze. Eram bonitas, tinham
grandes olhos negros e aveludados, cabelos compridos e sedosos, e pele dourada. Usavam
vestidos brancos curtos e meias também brancas. Com agudos gritinhos as duas garotas
entravam correndo no quarto do Barão e se atiravam em sua imensa cama. Ele brincava com
elas e as acariciava.
É que o Barão, como muitos homens, sempre despertava com o pênis em um estado
particularmente sensível. Na verdade, ele se sentia muito vulnerável. Não tinha tempo de se
levantar e acalmar sua condição urinando. Antes que pudesse fazêlo, as crianças já tinham
cruzado correndo o soalho lustroso e se atirado sobre ele e sobre seu pênis proeminente, que
de certa forma o grande acolchoado azul-claro conseguia ocultar.
As duas meninas não se importavam com o fato de suas saias ficarem totalmente
levantadas e com o modo como suas esbeltas pernas de dançarina se trançavam e
pressionavam o pênis dele, intumescido sob a coberta. Rindo, rolavam sobre o Barão,
sentavam-se em cima dele, montavam-no e o tratavam como se fosse um cavalo, instando
para que ele balançasse a cama com um movimento de seu corpo. Além disso, beijavam-no,
puxavam seus cabelos e mantinham com ele conversas
infantis. O prazer do Barão em ser tratado assim crescia tanto que se transformava em
suspense excruciante.
Com uma das garotas deitada de bruços, tudo o que ele tinha a fazer era mover-se
um pouco contra ela para alcançar seu prazer. E ele assim o fez brincando, como se sua
intenção fosse empurrá-la para fora da cama. E disse:
— Aposto como você cairá se eu a empurrar.
— Eu não caio — retrucou a menina, agarrando-se ao Barão por cima das cobertas
enquanto ele se movia como se fosse
forçá-la a rolar para fora da cama. Rindo, ele se ergueu um pouco, mas ela
continuou deitada e colada a seu corpo, com suas pequenas pernas, suas calcinhas, se
esfregando nele, esforçando-se para não escorregar; o Barão deu seguimento à
brincadeira enquanto riam. A outra menina, querendo equilibrar o jogo, montou a
cavalo nele, em frente à irmã, o que permitiu que ele pudesse se mexer com selvagem
liberdade. Seu pênis, oculto pela grossa coberta, ergueu-se vezes sem conta
por entre as pequenas pernas, e foi assim que ele gozou, com uma força que
raramente conhecera, dando-se como perdedor na batalha que as duas meninas tinham
vencido de um modo de que jamais suspeitariam.
De outra feita, quando elas foram brincar com o Barão, ele pôs suas mãos sob a
coberta. Depois ergueu o indicador e desafiou-as a pegá-lo. Assim, com grande animação, elas
se puseram a caçar seu dedo — que desaparecia e reaparecia em diferentes partes da cama
—, agarrando-o firmemente. Em pouco tempo não era mais o dedo e sim o pênis que as duas
pegavam repetidas vezes, e quando tentava libertá-lo, o Barão obrigava-as a agarrá-lo com
mais força ainda. Fazia-o desaparecer completamente sob as cobertas e depois, pegando-o
com a mão, jogava-o para cima a fim de que elas o pegassem.
O Barão também fingia que era um animal que tentava agarrá-las e mordê-las, às
vezes bem perto dos lugares onde realmente o desejava fazer, e elas gostavam muito disso.
Com o “animal” elas também brincavam de esconder. O “animal” queria lançar-se sobre elas
de algum canto escondido. Ele se ocultava em um armário e se cobria de roupas. Uma das
meninas abria a porta. Ele podia ver através do tecido; agarrava-a e a mordia de
brincadeira nas coxas. Tão quentes eram os jogos, tão grandes eram a confusão da batalha e
o abandono das duas garotinhas na brincadeira, que com muita freqüência a mão dele passava
por todas as partes que queria apalpar.
Um dia o Barão acabou por se mudar de novo, mas seus vôos no trapézio da fortuna
foram se deteriorando à medida que seu impulso sexual foi se tornando mais forte que sua
ânsia de dinheiro e poder. Era como se a força de seu desejo por mulheres não mais pudesse
ser controlada. Ele se mostrava ansioso por se livrar de suas esposas para que pudesse
prosseguirem sua busca de sensações pelo mundo afora.
Um dia soube que a bailarina brasileira a quem havia amado tinha morrido de uma dose
excessiva de ópio. Suas filhas já estavam com quinze e dezesseis anos respectivamente e
queriam que ele tomasse conta delas. O Barão mandou buscá-las.
Estava vivendo então em Nova York com uma mulher de quem tivera um filho. A
mulher não ficou satisfeita com a notícia da chegada das filhas do Barão. Sentia ciúme pelo
filho, então com apenas catorze anos. Depois de tantas aventuras, o Barão
desejava um lar e descanso de tantas dificuldades e farsas. Tinha uma mulher de
quem podia dizer que gostava e três filhos.
A idéia de estar de novo com as filhas o interessou. Recebeu-as com grandes
demonstrações de afeto. Uma era linda; a outra menos bonita, mas muito interessante. Ambas
tinham sido criadas testemunhando a vida que a mãe levava e não eram pudicas nem
reprimidas.
A beleza do pai as impressionou. Por sua vez ele recordou as brincadeiras com as duas
meninas de Roma, porém suas filhas eram um pouco mais velhas, o que adicionava grande
atrativo à situação.
Uma grande cama foi destinada às duas mocinhas, e mais tarde, quando elas ainda estavam
falando da viagem e do reencontro com o pai, ele entrou para lhes dizer boa-noite. Deitou-se
ao lado delas e beijou-as. Elas retribuíram seus beijos. Mas quando ele as beijou de novo,
correu as mãos pelo seu corpo, que podia sentir através da camisola.
As carícias agradaram às duas. E o Barão disse:
Vocês. — Como vocês são bonitas! Estou muito orgulhoso de vocês. Não posso
deixar que durmam sozinhas. Faz muito tempo não as vejo.
Segurando-as paternalmente, com as duas cabeças sobre o peito, acariciando-as
protetoramente, ele deixou que dormissem, ladeando-o. Aqueles corpos jovens, com pequenos
seios ainda em formação, o afetaram tanto que ele não pode dormir. Afagou uma e depois a
outra, mas após algum tempo seu desejo se tornou tão violento que ele acordou uma e
começou a forçá-la. A outra também não lhe escapou. Elas resistiram e choraram
um pouco, mas já tinham visto tantas coisas durante o tempo em que viveram com a mãe que
não se rebelaram contra o pai.
No entanto, não se tratou de um caso comum de incesto, porque a fúria sexual do Barão
crescia cada vez mais e se tornara uma obsessão. Gozar com elas não o libertava, não o
acalmava. Saía da companhia das filhas e ia fazer amor com a
mulher. Era como um excitante.
Com receio de que as filhas o abandonassem e fugissem, o Barão passou a espioná-las
e praticamente as aprisionou.
Sua mulher acabou por descobrir e fez cenas violentas. Mas o Barão mais parecia
um louco. Não se importava mais com suas roupas, sua elegância, suas aventuras, sua
fortuna. Ficava em casa e só pensava no momento em que pegaria as
filhas juntas. Ensinara-lhes todas as carícias imagináveis. Elas aprenderam a se
beijar em sua presença até que ele se excitasse bastante para possuí-las.
Mas sua obsessão, seus excessos, começaram a pesar sobre elas. A mulher acabou
por desertar.
Uma noite, após ter deixado as filhas, ficou vagueando pelo apartamento, ainda
uma presa de seu desejo, de suas febris fantasias eróticas. Tinha exaurido as garotas, que
caíram no sono. Porém seudesejo o atormentava de novo. Estava cego por
ele. Abriu a porta do quarto do filho. O garoto estava dormindo calmamente, de
barriga para cima, a boca ligeiramente aberta.
O Barão o observou, fascinado. Seu pênis tumefacto continuava a atormentá-lo.
Ele apanhou um tamborete e colocou-o
junto da cama. Ajoelhou-se nele e inseriu o pênis na boca do
filho, que acordou engasgado e o golpeou. As garotas também acordaram.
A rebelião dos três contra a loucura do pai os empolgou, e eles abandonaram o
desvairado e velho Barão.
– Anais Nin –
– by Erotic Think –
Ela estava ajoelhada em cima da cintura dele e devagar ele afastou o rosto dela, retirou os longos
cabelos do rosto que lhe caiam pelos ombros e a viu como nunca a tinha visto antes: absolutamente
linda!
Ela sorriu para ele como se perguntasse `o que foi?` e o beijou com tanto desejo que ele
sentiu-se o homem mais feliz do mundo e teve a certeza que tinha na sua cama uma bonita mulher e
ela o amava…
Enquanto ela tirava a camiseta ele já visualizava seus seios brancos e os mamilos rosados.
Sem esperar que a roupa fosse tirada totalmente lambeu e sentiu os mamilos endurecerem na sua
língua e os sugou delicadamente.
Ela tirou a camiseta e o beijou e ele sentia os seios dela roçarem no seu peito e os beijou enquanto
afastava delicadamente a lingerie branca que ela usava sentindo o calor e a umidade do sexo
dela ao roçar os seus dedos nele. Ela gemeu.
Enquanto ele a masturbava devagar ela movia o quadril em movimentos contínuos e ritmados e ele
sentia o perfume da pele e dos cabelos dela e isso o enlouquecia.
Antes que gozasse ela retirou a mão e pegou o sexo dele e o sugou, lambeu, engoliu…
Depois sentou no sexo duro dele e, alternando delicadeza e firmeza ora engolindo ele todo, ora
deixando ele quase fora da sua vagina.
Sem mais poder segurar o orgasmo ele segurou firme a bunda dela com movimentos mais
compassados e ofegantes.
Ela limitou-se a acompanhá-lo e gozaram como nunca tinha acontecido antes e, ao deitarem-se
satisfeitos ela viu o sexo dele sair de dentro dela ainda rígido.
– by Erotic Think –
Pelas fotos ele sabia que ela era bonita. Era uma mulher de quarenta anos.
Os cabelos eram ruivos e longos, os olhos castanhos. Tinha um sorriso delicado.
Nunca haviam se encontrado antes e ele aguardava por ela em um restaurante tradicional do Centro da cidade.
Como sua profissão exigia, vestia um terno preto e uma gravata cinza e azul que combinava com a camisa branca.
Escolheu uma mesa onde pudesse vê-la chegando e não fosse visto.
Tinha pedido que o garçom trouxesse um whisky duplo. Estava ansioso.
Quando colocou o copo de volta na mesa viu uma mulher em pé na porta.
Vestia uma saia cinza justa , mas na medida certa e um casaco curto.
Ela sorriu para o garçom e ele a viu caminhando em sua direção.
Ela caminhava delicadamente e ele pode ver o salto alto que ela usava que a deixaria quase na mesma
altura dele, e uma meia preta muito fina que deixava as pernas torneadas.
Ele levantou-se quando ela chegou. Sentiu seu perfume.
O casaco tinha um botão aberto e ele pode ver apenas a curva dos seios.
Ela estendeu a mão e disse estar muito feliz por vê-lo pessoalmente.
Sentaram-se e o garçom trouxe uma cerveja preta. Você lembrou que gosto!
Ela entregou o presente que havia trazido: livros de J. Joyce.
Ele ficou surpreso, nem lembrava se tinha comentado com ela, mas adorou o presente.
Riram, conversaram amenidades.
Ambos podiam sentir uma pequena tensão no ar…
Ela perguntou se ele gostaria de ir para outro lugar.
Ele estava tão nervoso no caminho que quase nem falou. Ficou monossilábico, gaguejou.
Ela tinha uma voz tão bonita…
Ao entrarem no elevador o silêncio.
Ela puxou-o delicadamente pra perto e pode sentir seu hálito.
Tinha esperado tanto tempo por aquele momento. Sentia seu corpo queimar de desejo…
Ela o pegou pela mão.
A lingerie que ela usava deixava à mostra a pele branca e o contorno do corpo.
Os cabelos que estavam presos foram soltos e caíram até o meio das costas. Ele não resistiu.
Puxou-a devagar e beijou-a na boca, no pescoço, nos ombros, nas costas, nos seios, na barriga…
Deitou-a, abriu suas pernas, seus pequenos e grandes lábios. Delicadamente usou seus dedos.
Afastou ainda mais suas pernas e beijou seu sexo, enfiou a língua e sentiu-a tremer.
Ele a penetrou tão devagar que ela gemeu .
Ele podia sentir seu sexo pulsar enquanto estava dentro dela.
Ela podia olhar nos olhos dele e quase desmaiando de prazer sussurrou em seu ouvido pequenas
obscenidades…
– Chico Buarque –
O meu amor
Tem um jeito manso que é só seu
E que me deixa louca
Quando me beija a boca
A minha pele inteira fica arrepiada
E me beija com calma e fundo
Até minh’alma se sentir beijada.
O meu amor
Tem um jeito manso que é só seu
Que rouba os meus sentidos
Viola os meus ouvidos
Com tantos segredos lindos e indecentes
Depois brinca comigo
Ri do meu umbigo
E me crava os dentes, ai.
Eu sou sua menina, viu?
E ele é o meu rapaz
Meu corpo é testemunha
Do bem que ele me faz
O meu amor
Tem um jeito manso que é só seu
De me deixar maluca
Quando me roça a nuca
E quase me machuca com a barba malfeita
E de pousar as coxas entre as minhas coxas
Quando ele se deita, ai.
O meu amor
Tem um jeito manso que é só seu
De me fazer rodeios
De me beijar os seios
Me beijar o ventre
E me deixar em brasa
Desfruta do meu corpo
Como se o meu corpo fosse a sua casa, ai.
Tua língua toca minha alma
és o poço das galáxias longínquas
e vejo a lua lindo, cheia, radiante
no céu da tua boca
eu já era a Torre Eiffel
e em meu coração mais batia a vida
Eu te entumesço o rosto
lambuzo teus lábios rubros
enterro-te minha lâmina
no mormaço da tua língua faminta
cresço-me, enrijeço-me, teso
pau madeira-de-lei
acossado pela tua carícia
ah! a tua gula pulsa minha
nos meneios de veludo do teu toque
todos os truques para me capturar
eu e meu míssil dominado
Rara e feita me engole
debruçada sobre o meu cajado
como se fosse a melhor comida
o pico do Aconcágua em transe
buscando a ejaculação constante do meu Etna
com teu faro que desembaínha meus grunhidos
e levita só assim desfalecido
me devolves a vitalidade
Pedro chegava em casa e não teve como não olhar para a moça magra que saía do prédio da frente e na pressa retirava a correspondência que insistia ficar presa na caixa.
Ela vestia um jeans surrado e camiseta branca que mesmo sem nada a mostra dava pra ver que ela tinha seios pequenos.
Caberiam na palma da mão, pensou.
Ela não tinha mais do que uns 25 anos, não usava maquiagem e o cabelo louro em desalinho deixava mais saliente as bochechas levemente rosadas.
A pele era tão branca que parecia transparente e a tatuagem no braço esquerdo era delicada.
Imaginou que perfume usaria, o cheiro que teria seu cabelo, seu hálito.
Ficou tão excitado com a possibilidade de acariciar seus seios, sua pele, seu sexo que não hesitou e escreveu:
– Você quer fazer sexo comigo?
Quando ela leu deu um sorriso malicioso e guardou o bilhete.
Ele escreveu novamente:
– Você quer que eu lamba seus seios e lhe beije a nuca?
Ao ler ela fez sim com a cabeça.
– Você quer que eu beije sua boca e que meu beijo percorra seu corpo?
Ela virou-se subitamente como se fosse vê-lo ali.
– Você quer minha língua no seu sexo?
Ela respirou ofegante e moveu-se lentamente como se quisesse descobrí-lo.
Nada.
No bilhete do dia seguinte ela sabia onde encontrá-lo.
Ao subir as escadas já sentia um delicado perfume, o mesmo que levava cada bilhete.
Ela viu uma porta entre aberta e ele a recebeu com um beijo longo.
Ela sentia seu sexo pulsar e podia sentir o dele entre as suas pernas e ofereceu o seu…